24 de jun. de 2024

Construindo o autoperdão

 

Não há ninguém que viva as experiências terrenas sem falhas ou incorreções.

Todos trazemos limitações pessoais, tormentos emocionais, que nos levam quase que, inevitavelmente, a cometer tropeços aqui e acolá.

Não raro, imaginamos nossos erros como irreparáveis, de alta gravidade, clamorosos mesmo, chegando a imaginar que não merecem perdão.

Essa é uma ideia falsa e perturbadora.

Entender nossos equívocos dessa forma é trilhar caminho perigoso para posturas de desamor e descrença em nós mesmos, atalho fácil para novos e talvez maiores comprometimentos.

Desde que percebemos o erro cometido, que nos damos conta da atitude indevida, permitindo-nos o arrependimento, revelamos indícios de maturidade.

E, para que esse não permaneça vazio e sem sentido, é necessário o esforço pessoal para a reparação do mal feito.

A partir do momento que nos resolvemos por mudar para melhor, nos reabilitarmos, damos passo importante para a construção de nosso futuro.

Estarmos dispostos à reestruturação pessoal é fundamental.

Somos todos filhos de Deus, que nos ama e nos espera. Assim, avancemos pelo roteiro traçado, sem culpas guardadas na alma, que para nada nos servirão.

Se erramos, é hora de planejar novos passos para imediata reparação, sem nos alongarmos, demasiadamente, em arrependimentos que nada constroem.

Percebamos que a treva mais densa é vencida pelo delicado raio de luz de um pirilampo.

Assim também venceremos nossas dificuldades.

É verdade que os desígnios de Deus são de justiça mas, também é certo que nos alcançam envoltos nas bênçãos da sua misericórdia e do seu amor.

Ainda erraremos muito antes de acertarmos com segurança a melhor maneira de agir, nesse natural processo de autoburilamento.

Portanto, não nos aprisionemos nos profundos poços de nossos tropeços.

Levantemos mil vezes se assim for necessário, para mil recomeços de nossa trajetória.

Por mais isolados que pareçamos estar, nenhum de nós caminha sozinho, abandonado pelo Pai.

Exultemos ante os presentes divinos que nos são ofertados: o dom da vida, da saúde física, da beleza que a natureza imprime em tudo que nos cerca.

Não há porquê invejar aqueles que já superaram as dificuldades que ainda temos a enfrentar em nosso íntimo. Eles também, tal qual agora nos ocorre, tiveram seus enfrentamentos com as próprias limitações e venceram a si mesmos.

Ao triunfarmos das provas e expiações que nos aprimoram, seremos tal como o diamante que brilha, mas que não mais se recorda dos golpes que sofreu durante sua lapidação.

Amemos a vida, recuperando a alegria real para que nosso sorriso seja de plenitude, superando as decepções que colecionamos de nós mesmos.

Nem os estados d’alma em arrependimento depressivo, tampouco a leviandade da conivência com os erros cometidos.

Que esses erros nos sirvam de lições capazes de insculpir, em nossa intimidade, as leis imortais, que nos foram reveladas pelo suave Cantor da Galileia.

Redação do Momento Espírita, com base no cap. 26, do
livro 
Seja feliz hoje, pelo Espírito Joanna de Ângelis,
psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL.
Em 26.7.2017.





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