A ansiedade, essa inquietude que toma conta do coração humano, é um desafio enfrentado por muitos em nossa jornada terrena.
É como uma tempestade que agita as águas serenas de nossa alma, trazendo pensamentos acelerados, preocupações incessantes e uma sensação constante de inquietude.
Por vezes, a ansiedade surge como uma resposta natural a situações desafiadoras que enfrentamos em nosso cotidiano.
Diante de incertezas, medos e expectativas, nosso corpo e mente reagem de maneira intensa, buscando uma resposta imediata para aquilo que nos aflige.
Quando nos deixamos dominar por ela, perdemos a capacidade de viver plenamente o momento presente, ficando presos em um ciclo de preocupações constantes que nos consome.
Diante desse desafio, é fundamental aprender a acalmar a alma inquieta, buscando formas saudáveis de lidar com ele.
Para tanto, aprendamos a cultivar a serenidade em meio às tormentas, buscando o equilíbrio entre as demandas da vida e a necessidade de cuidar de nosso bem-estar emocional.
A serenidade é uma espécie de acordo entre o dever e o direito, que se equilibram, a benefício de nós mesmos.
Quando conquistamos esse nível de consciência asserenada, não nos deixamos desestruturar, enfrentando qualquer situação que se apresente.
Como consequência, não entramos em aflição por causa de problemas existenciais ou pessoas difíceis, conferindo-lhes seus devidos níveis de importância.
Serenos, podemos nos considerar felizes, conservando a harmonia em qualquer situação.
Em equilíbrio emocional, não nos sentimos vítimas ante acontecimentos desagradáveis. Conseguimos nos manter no caminho do meio, sem manifestações extremistas.
Não se trata de uma quietação exterior, ou de indiferença. Ao contrário, uma demonstração de segurança, sem ansiedade de qualquer tipo.
Nosso modelo, Jesus, é nosso exemplo de serenidade. De maneiras diferentes, seja no monte, proclamando o Sermão das Bem-aventuranças ou durante a crucificação, demonstrou segurança de si mesmo e confiança em Deus.
Assim também, Buda permaneceu entregue à paz, durante suas meditações, apresentando suas quatro nobres verdades ou quando sofrendo as terríveis perseguições dos seus declarados inimigos.
Compulsando a vida dos mártires, dos primeiros seareiros da Boa Nova, vamos encontrá-los firmes, serenos, em suas pregações, em seus martírios.
É a confiança no conhecimento que temos, que nos confere segurança, certeza do que somos, para que nos encontramos aqui e para onde seguimos.
Não nos permitamos, pois, perder a serenidade, em tempo algum. Mantenhamo-nos lúcidos, perante os conflitos que nos envolvam, quaisquer que sejam.
Amemo-nos, elegendo para nós mesmos o melhor em termos de vida, de comportamento.
Se nos descobrirmos em erro, mesmo assim, não nos permitamos o desequilíbrio. Arrependamo-nos, não deixando que a culpa nos perturbe as horas.
Recomponhamos os próprios passos, refaçamos atitudes, busquemos consertar equívocos cometidos.
Vivamos em serenidade, embora se apresente a borrasca ou os ventos tempestuosos nos desejem abalar.
Redação do Momento Espírita, com base no cap. 16, do
livro Momentos de Saúde, pelo Espírito Joanna de Ângelis,
psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL.
Em 16.8.2023.
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