Mamífero da família dos cervídeos, a corça é um animal mais comumente encontrado na Europa. Devido a sua adaptabilidade, ela sobrevive bem em ambientes alterados pelo homem.
Tem a interessante característica de não suportar o confinamento e por esse motivo tem costume migratório.
É um animal dotado de olfato privilegiado que lhe possibilita sentir o cheiro de água a quilômetros de distância.
Consegue perceber, metros abaixo da superfície, a existência de um lençol de água. Também a presença de água dentro de tubulações subterrâneas e, nessas situações, tenta encontrar um local para alcançá-la.
Descobriu-se que a corça anseia desesperadamente pela água por questão de sobrevivência. Não para sanar a sede, mas para escapar dos seus predadores: onças, jacarés e cobras.
Ela exala um odor muito forte, próprio de sua natureza, facilmente detectável por esses predadores e necessita livrar-se dele constantemente para continuar viva. E a água é o que a pode salvar, mantendo-a limpa e livre.
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Sobre esses fatos, façamos uma analogia com a vida cristã.
Podemos comparar o anseio de uma corça pelas águas com a busca que carregamos em nosso íntimo por algo que dê sentido à nossa existência, que nos traga paz, alegria e que nos aproxime de Deus.
A corça suspira e anseia pelas águas farejando e correndo. Usa o seu olfato privilegiado para localizar a fonte certa. Ela faz isso continuamente, todos os dias, não se permitindo acomodar.
E nós? Temos nos contentado com nosso comodismo?Ou estamos buscando diariamente a fonte certa, que é o Cristo?
É provável que cada um de nós tenha motivos que nos prendam ou nos impeçam de sair em busca da água fresca de que tanto precisamos.
Pode ser que existam pessoas ou situações que nos levem ao desânimo. Mas assim como a corça, precisamos sair do nosso isolamento e correr em direção ao que nos dá força para seguir em frente.
Corremos em busca de muitas coisas nesta vida e, por vezes, acabamos em desertos, valorizando tanto os bens materiais e outras questões de menor importância, que nos esquecemos de saciar a sede de nossa alma.
Todos precisamos que essa fonte de águas cristalinas venha jorrar com abundância em nossas vidas.
E para que isso aconteça, busquemos conhecer os ensinamentos de Jesus, pois é a vivência verdadeira da Sua mensagem que nos trará a paz almejada e nos aproximará de Deus.
Assim como a corça luta para se livrar de algo que é próprio de sua natureza, busquemos também lutar constantemente para nos melhorarmos e superarmos as dificuldades e imperfeições que carregamos.
Vivamos uma busca diária para que opensamento e as atitudes se sobreponham ànossa natureza ainda tão cheia de falhas.
Estamos longe de sermos um modelo de perfeição, mas nos mantenhamos em um esforço contínuo para sermos hoje melhor do que fomos ontem.
Redação do Momento Espírita.
Em 19.7.2018.
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