Quando observamos o pôr do sol e as múltiplas tonalidades das flores, o azul do céu, o verde da vegetação, nem sempre nos lembramos de agradecer a Deus por termos a capacidade de enxergar e de distinguir diferentes cores e tons.
Pessoas com daltonismo apresentam uma incapacidade para diferenciar cores, em especial o vermelho, donde a impossibilidade de distinguir, por exemplo, o vermelho do verde.
O sonho de muitas delas é poder distinguir as cores como elas são, encantar-se com matizes, degradês e tonalidades que ouvem falar, mas não conseguem perceber.
Atualmente, foram desenvolvidos nos Estados Unidos, óculos especiais que possibilitam aos daltônicos ver as cores. Mas eles têm um alto custo e ainda não estão disponíveis no Brasil.
Um jovem daltônico de quinze anos, que sonhava enxergar as cores, recebeu de um professor e de seus colegas de classe a oportunidade de realizar esse sonho.
Eles se cotizaram e importaram os óculos para presentear o rapaz.
No dia da entrega do presente, os colegas usavam roupas e seguravam balões de festa nas cores primárias, justamente as que ele não conseguia distinguir.
Quando o estudante entrou na sala de aula, recebeu das mãos do professor o valioso presente.
Assim que colocou os óculos, se emocionou. Os colegas foram, então, apresentando a ele as cores que antes não lhe eram perceptíveis.
* * *
A capacidade de perceber as sutilezas das cores, dos traços, das formas, nem sempre é valorizada.
Quantas vezes olhamos para o céu, ao amanhecer ou entardecer, e nos encantamos verdadeiramente com as nuvens tingidas de cores e matizes que nem todos os pintores da História conseguiram reproduzir?
Quantas vezes erguemos o olhar para observar os inúmeros tons de verde que compõem a copa de uma árvore?
E quando chega o outono, olhamos com vagar aquela profusão de cores em que se misturam o amarelo, o marrom, o verde, o dourado?
Já paramos para prestar atenção às cores das penas de um beija-flor?
E de que vale tudo isso? - Alguns podem perguntar. São apenas cores.
Quando as coisas não vão bem, costuma-se dizer, simbolicamente, que estão cinzentas. Isso também pode indicar uma postura diante da vida.
Há pessoas que parecem usar óculos com lentes cinzentas, que tiram o brilho e a cor de tudo ao seu redor. São pródigas em reclamar e se queixar, por motivos tolos e superficiais.
Parecem possuir um daltonismo moral que lhes faz ver as coisas de maneira distorcida por seu orgulho e egoísmo.
E há pessoas que vivem com limitações de diferentes ordens, sem, no entanto, se transformarem em seres amargos, destilando veneno e críticas.
Veem as coisas com um olhar para o futuro, que compreende a brevidade desta vida. Suas lentes para o mundo são luminosas e coloridas.
O daltonismo físico conta com óculos que permitem a correção da deficiência.
Entretanto, o daltonismo moral só pode ser corrigido com uma postura transformadora, de amor e respeito ao próximo, humildade e gratidão a Deus pelo que temos.
Redação do Momento Espírita, com base em
reportagem do site www.sonoticiaboa.com.br,
de 18.8.2018.
Em 14.11.2018.
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