6. Excursões – Parte IV
Durante as minhas estadas na pátria, diversas moças me perguntavam se poderiam viajar comigo para me ajudar, mesmo uma enfermeira formada se ofereceu. As outras eu teria que ensinar. Eu gostaria muito de ter aceito estas ofertas, pois, trabalho é o que não faltava. Mas onde é que as auxiliares iriam morar?
Mesmo tratando da maioria dos pacientes nas casas deles, existiam sempre os casos graves que tinham que ficar no ambulatório. Isto acontecia em condições muito primitivas. Eu queria construir uma casa que, além da cozinha e da sala (que servia de consultório), tivesse mais dois quartos para visitantes e uma sala maior para os doentes.
Eu imaginava poder contratar essas moças por dois ou três anos. Elas teriam, certamente, um tempo instrutivo e repleto de desgastes. Muitas delas iriam sofrer bastante por causa do clima. Mas eu não duvidava que mesmo nestas condições eu conseguiria pessoal.“
Durante as minhas estadas na pátria, diversas moças me perguntavam se poderiam viajar comigo para me ajudar, mesmo uma enfermeira formada se ofereceu. As outras eu teria que ensinar. Eu gostaria muito de ter aceito estas ofertas, pois, trabalho é o que não faltava. Mas onde é que as auxiliares iriam morar?
Mesmo tratando da maioria dos pacientes nas casas deles, existiam sempre os casos graves que tinham que ficar no ambulatório. Isto acontecia em condições muito primitivas. Eu queria construir uma casa que, além da cozinha e da sala (que servia de consultório), tivesse mais dois quartos para visitantes e uma sala maior para os doentes.
Eu imaginava poder contratar essas moças por dois ou três anos. Elas teriam, certamente, um tempo instrutivo e repleto de desgastes. Muitas delas iriam sofrer bastante por causa do clima. Mas eu não duvidava que mesmo nestas condições eu conseguiria pessoal.“

Anna interrompeu: „E estas moças iriam ver de perto o que você fez e que tarefas ainda te aguardam e, certamente, quando voltassem para a Suíça, te ajudariam na sua missão. Talvez conseguindo doações ou doando elas mesmas.“
„Certo. A casa teria que ser construída logo, pois, a cabana atual estava com perigo de desmoronar. Como eu tinha terminado o meu aprendizado de professora, com sucesso, eu não estava mais tão presa à escola de Rosário-Oeste. Eu acho que foi outra vontade do destino, que os maridos de duas das minhas melhores amigas se prontificassem a me ajudar.“
Rosa perguntou: “Como é que você conseguiu isto?“
„Esta oportunidade apareceu quando eu passava alguns meses na Suíça. Enquanto isso, Rebecca cuidava do ambulatório. Um desses homens, que trabalhava para a SBB (estrada de ferro suíça), conseguiu seis meses de licença. Para o outro, seu empregador concedeu um ano inteiro de licença. Ele queriam viajar para Várzea Grande para começar a construção da casa.
Aqueles amigos do bom empreendimento fizeram a primeira etapa, que dependia muito da situação financeira. A gente pelo menos poderia mudar da cabana de barro quase desabando.
Eu disse para os dois que até agora eu tinha vivido muito modestamente. Isto iria continuar assim, pois, ninguém deveria me acusar de aproveitar da situação.
O projeto não podia ser comparado com as construções na Europa. Principalmente pelos preços, que tinham outras dimensões. Com exceção de alguns serventes nativos, os outros trabalhadores trabalhavam de graça. Meus amigos e eu construímos até que a conta na Suíça se esgotasse. Neste ponto tivemos que esperar até conseguirmos alguma reposição.
Eu sonhava em construir, no meu terreno, um pequeno hospital com enfermaria e também uma escola primária. Será que eu iria conseguir isto? Quando?
Só quem viveu por um tempo mais longo no Brasil é que vai me entender. No começo a gente tem vontade de ajudar. Eu queria fazer algo onde ninguém estivesse fazendo nada. Onde, sem o meu trabalho, as pessoas ficassem inteiramente à mercê da sua miséria. Mas tudo deu diferente do que eu pensava. Eu estava gostando da gente no Mato Grosso. Eu respeitava seu jeito cordial e corajoso de lidar com sua vida penosa.
Nas cidades maiores a coisa estava melhorando. A situação não era mais tão desolante. Quem queria trabalhar, tinha o que comer e podia se vestir condignamente. Mas era difícil fazer com que as pessoas trabalhassem regularmente. Possivelmente, o danado deste clima fazia com eles ficassem assim.

Quando visitantes saíam apenas poucos quilômetros dos centros urbanos, eles viam que o progresso acabava, e a situação das estradas eram tão precárias que eles pensavam que nunca iriam alcançar as cabanas paupérrimas do sertão, da selva e do pantanal. Também era difícil convencer os moradores a deixarem seus casebres miseráveis e insanos. Eles não queriam se mudar para cidades maiores. Os mortos eram enterrados embaixo do chão de terra batida de suas casas. Eles queriam viver perto deles e sob a sua proteção.“

Rita comentou: „Eu acho este ponto de vista maravilhoso! Isto vai além da crendice primitiva. É mais do que lealdade pelo recebido: a certeza de que, quem uma vez viveu numa sociedade próxima, permaneceria inseparável para sempre!“
„É verdade. Amanhã eu vou contar para vocês sobre os meus primeiros tempos em Várzea Grande.“
TENHAM TODOS UM FELIZ NATAL!!
UM NATAL COM JESUS!
UM NATAL SEGUINDO OS EXEMPLOS DE RACHELE E REBECCA...

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