A Humanidade passa por momentos difíceis, jamais imaginados pelas gerações anteriores ou atuais.
Aqueles que vivenciamos conflitos mundiais, que enfrentamos crises econômicas de variada ordem, que sofremos a partida de amores, olhávamos para os dias que viriam, imaginando que seriam mais amenos.
Mas isso não se concretiza. A calmaria depois da tempestade ainda não nos alcança.
Apesar do progresso científico e tecnológico, percebemos que nossa alegria parece distante ou até mesmo impossível.
Alguns nos perguntamos por onde anda essa alegria, frente à triste realidade que enfrentamos.
A cada ano, as estatísticas apontam que o número de pessoas infelizes aumenta, seja nas universidades, nas empresas, no lar, por toda parte...
Portadores das mais brilhantes inteligências sacrificam, voluntariamente, a verdadeira felicidade pelo sucesso porque aprenderam que, se forem empenhados, serão bem-sucedidos.
E só então, quando alcançarem o sucesso, serão felizes.
Na verdade, pesquisas na área da psicologia e da neurociência demonstram que acontece o contrário: temos mais sucesso quando somos felizes.
Porém, como falar de alegria em meio a tanto sofrimento existente em nosso planeta?
Aí reside a grande sabedoria: precisamos olhar as situações com outras lentes.
Existem dores, sim. Enfermidades que maltratam muitas criaturas, conflitos bélicos arrasando esperanças, emigrantes buscando um lugar que os receba, a fim de viverem melhores dias.
Entretanto, enquanto o sofrimento parece predominar e estabelecer morada nas almas, vemos venturas proliferarem no mundo.
Nunca se falou tanto em auxiliar o outro, em incluir o diferente, em acolher o estrangeiro.
Jamais se falou tanto em respeito à vida, amparo à criança, ao idoso, em combate à fome e à solidão.
Os programas de atendimento às pessoas somente crescem.
Isso nos diz que o homem está melhor do que foi no passado.
Basta, então, descobrirmos a alegria de viver nos versos da esperança.
*
Habituemo-nos ao banquete da felicidade, apagando da memória as impressões sombrias.
O pedregulho e o espinho no solo chamam-nos a atenção para a marcha, porém, os astros na abóbada refulgente, nos convidam ao crescimento e à glória da amplidão.
Olhemos mais para o céu. Sintamos a força de Deus conosco.
Estamos no ambiente que nos foi ofertado por Deus, que nos deseja prosperidade e alegria.
Cresçamos na direção do infinito. Somos filhos da Luz, criados para a luz.
Para onde quer que nos voltemos, Deus é a presença constante.
É o poder real, inigualável, que atua sem cessar.
Tudo vibra e se movimenta graças à Sua força, ao impulso inicial, que dEle procede.
Abramos nossa mente e coração a essa energia, que se irradia em todas as direções, a fim de nos deixarmos penetrar por ela.
Dóceis a ela, o sofrimento diminuirá sua intensidade em nossas vidas.
Inundaremos, então, nossa existência de júbilo e de força, envolvidos pelo bem de que necessitamos.
Redação do Momento Espírita, com base no cap. 6, do
livro Alegria de viver, pelo Espírito Joanna de Ângelis,
psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL.
Em 16.4.2025
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