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3. A Enfermeira da Missão (Parte II)
Mas eu tinha que ajudar muita gente com poucos medicamentos. Por falta de espaço, na pequena clínica, eu colocava três pacientes de emergência, atravessados na minha cama. Por baixo dos pés, eu colocava um banquinho. Se eu quisesse descansar um pouco de noite, tinha que dar um jeito de me acomodar na mesa de operações. Não havia lugar para duas camas no quarto.
O resultado mais rápido, eu conseguia com os comprimidos contra febre, os quais eu partia pela metade, ou em quartos. No momento, o mais importante para as pessoas era ter alguém que cuidasse de suas enfermidades. Se por um lado estas pessoas me lembravam crianças descobrindo alguma coisa nova, por outro lado representavam as reais misérias chamadas: anemia, supuração, vermes, malária, lepra, sífilis, etc.
Nos dois caixotes que serviam como banco, em frente da casa, se sentavam os mais débeis. Mas a maioria tinha que esperar a vez, de pé. Eu fechava o ferrolho da porta. Quase todos não tinham porta em suas casas, somente uma pele de boi dependurada no batente. Eles estavam acostumados a entrar em qualquer lugar e serem sempre benvindos. É lógico que eu nem pensava em os rejeitar, mas como eu poderia ajudá-los, se a sua afluência quase me esmagava contra as paredes.
Levou algum tempo até que eu e os pacientes começássemos a nos entender e o ambulatório a funcionar direito. Os doentes tiveram que aprender que eu não podia fazer milagres e só podia atender um após o outro. Mesmo as minhas camas primitivas e as redes, eu não as ocupava descontroladamente. Havia desesperados que tinham que esperar, pois, eu também ficava impotente contra a afluência da miséria, da qual eu só podia me ocupar pouco a pouco.
A notícia da minha presença ali e relatos sobre os meus tratamentos se espalharam rapidamente. Eu tinha que trabalhar a noite toda, pois, as pessoas começavam as caminhadas ao entardecer, porque durante o dia o sol queimava muito. Assim, elas chegavam de madrugada e batiam na minha porta. Eu não podia fechar os meus ouvidos. Eu não podia ser grosseira, mandando que tivessem paciência até de manhã. Quando clareasse o dia, viriam novos pedintes de ajuda....
Mas eu tinha que ajudar muita gente com poucos medicamentos. Por falta de espaço, na pequena clínica, eu colocava três pacientes de emergência, atravessados na minha cama. Por baixo dos pés, eu colocava um banquinho. Se eu quisesse descansar um pouco de noite, tinha que dar um jeito de me acomodar na mesa de operações. Não havia lugar para duas camas no quarto.
O resultado mais rápido, eu conseguia com os comprimidos contra febre, os quais eu partia pela metade, ou em quartos. No momento, o mais importante para as pessoas era ter alguém que cuidasse de suas enfermidades. Se por um lado estas pessoas me lembravam crianças descobrindo alguma coisa nova, por outro lado representavam as reais misérias chamadas: anemia, supuração, vermes, malária, lepra, sífilis, etc.
Nos dois caixotes que serviam como banco, em frente da casa, se sentavam os mais débeis. Mas a maioria tinha que esperar a vez, de pé. Eu fechava o ferrolho da porta. Quase todos não tinham porta em suas casas, somente uma pele de boi dependurada no batente. Eles estavam acostumados a entrar em qualquer lugar e serem sempre benvindos. É lógico que eu nem pensava em os rejeitar, mas como eu poderia ajudá-los, se a sua afluência quase me esmagava contra as paredes.
Levou algum tempo até que eu e os pacientes começássemos a nos entender e o ambulatório a funcionar direito. Os doentes tiveram que aprender que eu não podia fazer milagres e só podia atender um após o outro. Mesmo as minhas camas primitivas e as redes, eu não as ocupava descontroladamente. Havia desesperados que tinham que esperar, pois, eu também ficava impotente contra a afluência da miséria, da qual eu só podia me ocupar pouco a pouco.
A notícia da minha presença ali e relatos sobre os meus tratamentos se espalharam rapidamente. Eu tinha que trabalhar a noite toda, pois, as pessoas começavam as caminhadas ao entardecer, porque durante o dia o sol queimava muito. Assim, elas chegavam de madrugada e batiam na minha porta. Eu não podia fechar os meus ouvidos. Eu não podia ser grosseira, mandando que tivessem paciência até de manhã. Quando clareasse o dia, viriam novos pedintes de ajuda....
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